E finalmente o Plano de Urbanização da Avenida da Liberdade vai para discussão pública segundo notícia hoje do jornal Público. Mais do que o Plano, que me parece ser consensual nos seus propósitos, são os quase vinte anos passados desde a concepção do projecto original - 1991 - e o seu agendamento para discussão pública que impressionam.
Quando a equipa de arquitectos e urbanistas se sentou à volta do estirador para traçar os parques de estacionamentos, definir passeios, circulações, arborizações... ainda não havia telemóveis, os computadores eram alimentados a cassetes e denominavam-se Spectrum, José Sócrates era um pós-adolescente que fazia casas muito bonitas na Covilhã, Portugal era uma selecção medíocre sempre de calculadora na mão.
Quase vinte anos onde houve tempo para fazer a Expo 98 passar de um sonho de uma noite de Verão de Vasco Graça Moura e Mega Ferreira a um pedaço de cidade concretizado, mas onde os dias foram insuficientes para essa que aparenta ser uma tarefa ciclópica: a aprovação do PUALZE.*
*bonita sigla que vem aliás na senda das não menos belas designações POZOR, PUP ou PIN.
LRO