23.10.08

Todas as evidências assim o apontam

Bom dia.

Agora que me despertei, já posso escrever a tal prosa articulada sobre direitos de autor, mas como sofro às vezes de uma certa procrastinação, prefiro encaminhar-vos para um texto do João Paulo Feliciano onde ele versa sobre a temática. Caso não haja a vontade de seguir o link que tão diligentemente pus ao vosso dispor e queiram apenas a parte mais suculenta, eu, sempre preocupado com o bem estar dos leitores faço copy / paste meus grandes procrastinadores:

Chegaremos daqui a não muitos anos à possibilidade de transmissão em tempo real sem percas perceptíveis na qualidade áudio. Perante estes cenários cabe aos músicos e aos seus parceiros de negócio, saberem reinventar as formas de capitalizar a sua criatividade. A música não poderá nunca ser inteiramente gratuita. Mas a possibilidade de uma cobrança mais justa e directa, eliminado as margens dos intermediários, nunca foi tão grande.A luta que tanto a Associação Fonográfica Portuguesa (tão longe desta realidade que não tem sequer um site na net) como a sua congénere americana - RIAA (Recording Industry Association of America) travam, não é uma luta em defesa da música, é uma luta em defesa de um modelo de negócio e de alguns (muitos) postos de trabalho. Compreende-se que travem essa luta, mas não é aceitável, nem produtivo, que tomem as atitudes que têm tomado, quer seja a pressão junto dos legisladores quer seja junto dos tribunais. Só estão a atrasar um processo do qual todos podemos tirar imensas vantagens. E pelo caminho vão conseguindo ‘cobrar’ pesadas multas a jovens que adoram música e só estão ávidos em descobrir os seus próximos artistas favoritos.Seria bom que os legisladores, e todas as instituições implicadas na regulação da actividade musical, tivessem consciência do que está em jogo, não se deixando iludir por um pequeno mas poderoso grupo de agentes que não pretende outra coisa senão continuar a controlar um mercado em aceleradíssima transformação e expansão. Ao contrário do que defende a AFP, o que antevejo é uma idade de ouro para a música portuguesa. Agora que finalmente a música se está a libertar de uma indústria altamente controladora e concentracionária, agora que estamso todos ligados, o melhor ainda está para vir… Todas as evidências assim o apontam.
in blog.joaopaulofeliciano

LRO