23.10.08

Ainda sobre direitos e autores

Uma das mais elevadas formas de infringir os direitos de autor é o plágio. Isto claro se praticado por pessoas de grande capacidade intelectual ou detentores de fortunas assinaláveis. Os pobres de espírito e os menos abastados não cometem plágio, copiam apenas. Esta regra também é válida para menores de dezoito anos. Nunca ouvi durante o período sub-18 da minha vida o uso da palavra plágio para classificar o acontecimento de quatro colegas terem optado pela mesma sequência de palavras e pontuação como resposta a uma pergunta disparatada sobre Descartes, ou por toda uma turma ter optado por usar os conteúdos da página 84 do manual de biologia para definir fotosíntese. Os alunos, tal como os pobrezinhos, copiam.

Mas deixando as memórias da escola, vem esta introdução a propósito deste texto do João Pereira Coutinho onde nos informa que este senhor se apropriou de forma mais ou menos velada, mas ainda assim perceptivel, desta prosa. Eu, depois de uma exaustiva análise comparativa, confirmo. Sim senhor, o velhinho do Record plagiou o jovem do Expresso.

Aqui no estabelecimento somos a favor do copy-left, portanto se alguém tiver a falta de senso de querer utilizar alguma parte do que aqui se vai deixando, esteja à vontade. E se não quiser informar a proveniência da prosa ainda agradecemos, porque neste estabelecimento primeiro publica-se e depois é tarde de mais.*

*nota: a expressão primeiro publica-se e depois é tarde demais é um plágio descarado. Mas se tivesse a decência de informar quem é o autor deixava de ser um plágio para ser uma citação. O que me parece não vir na sequência da temática abordada neste post. Portanto - numa estratégia à Pinto da Costa - não vou informar os leitores que quem cunhou esta expressão foi o maradona, deixando-vos crer que é de minha autoria.

LRO