Like Bergman, Faro is remote. Getting to the island, off the eastern coast of Sweden, takes a plane, a train or a bus, a car and two ferries. Which is exactly what made it so appealing to the reclusive Bergman.
The Enchanted Island That Bergman Called Home in The New York Times
As ilhas pequenas e remotas são como os animais pequeninos acabadinhos de nascer: é impossível não gostar. Eu, ser de muitas fragilidades, gosto dos citados animais pequeninos acabadinhos de nascer e também das mencionadas ilhas pequenas e remotas. Até porque, como escrevi há apenas duas frases atrás, é impossível não gostar. Em abono da verdade, as ilhas suscitam-me ligeiramente mais interesse que crias mergulhadas em placenta, mas essa preferência para agora não é importante. O importante é o texto que descobri no New York Times sobre a Ilha de Faro, não a nossa, mas a sueca - um montinho rochoso rodeado de água por todos os lados, que para além de acumular as característicos geo-morfológicas que fazem dela uma ilha pequena e remota, tem ainda o bónus de ter sido a casa do Bergman. Para quem não sabe o calibre de situação que acabei de descrever, recorro à comparação: é mais ou menos como se o Manuel de Oliveira tivesse vivido nas Berlengas por muitos e bons anos e nelas tivesse rodado alguma da sua filmatografia mais relevante.
E como é Verão, decidi aqui e agora fazer uma série especial de posts sobre ilhas pequenas e remotas durante os próximos dois meses. Só porque sim e porque neste blog as coisas são à queima roupa e sem arame.
LRO