Eu gosto muito de velhinhos e essas coisas todas. Hoje a caminho do trabalho um preto bem parecido faz delicadamente uma pergunta a uma velhota. Ela nem se designa a olhar! Ai é o medo, é a surdez... Sim, sim, é mas é racismo puro e duro que eu li os olhos da senhora e eles não enganavam.
Cento e cinquenta e três metros mais à frente e quatro minutos depois, duas velhotas à conversa: isto já não vai lá, para endireitar eram precisos cinquenta Salazares! E com uma veemência que não admite réplica. Cinquenta Salazares!
Gosto muito de velhinhos - não sei se já tinha dito - mas que muitos deles são bombas-relógio prontas a detonar a cada esquina deste nosso quotidiano isso são. Nos meus tempos aúreos, quando precisava do autocarro para o meu movimento pendular casa-escola e depois casa-trabalho, quase sempre um foco de confusão dentro veículo correspondia a um senhor de provecta idade irado a clamar por respeito ao mesmo tempo que vociferava caralhos e filhos da puta.
Reitero que gosto muito de velhinhos e essas coisas todas, mas a idade não pode justificar tudo. Ou se calhar pode. Sei lá! Quem é que tem coragem de cortar os subsídios ao Manuel de Oliveira? Quem é que diz ao Vasco Pulido Valente que já chega? Quem é que aconselha o D. José Policarpo a estar calado? Eu não.
LRO
Cento e cinquenta e três metros mais à frente e quatro minutos depois, duas velhotas à conversa: isto já não vai lá, para endireitar eram precisos cinquenta Salazares! E com uma veemência que não admite réplica. Cinquenta Salazares!
Gosto muito de velhinhos - não sei se já tinha dito - mas que muitos deles são bombas-relógio prontas a detonar a cada esquina deste nosso quotidiano isso são. Nos meus tempos aúreos, quando precisava do autocarro para o meu movimento pendular casa-escola e depois casa-trabalho, quase sempre um foco de confusão dentro veículo correspondia a um senhor de provecta idade irado a clamar por respeito ao mesmo tempo que vociferava caralhos e filhos da puta.
Reitero que gosto muito de velhinhos e essas coisas todas, mas a idade não pode justificar tudo. Ou se calhar pode. Sei lá! Quem é que tem coragem de cortar os subsídios ao Manuel de Oliveira? Quem é que diz ao Vasco Pulido Valente que já chega? Quem é que aconselha o D. José Policarpo a estar calado? Eu não.
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