29.9.09

E o mundo não acabou

Como sempre, a seguir às eleições legislativas não veio o caos, um aumento exponencial de doenças venéreas, a falência da segurança social, do sistema nacional de saúde ou o colapso da economia - ainda que reconheça que tal cenário seria difícil de atingir em meras 24 horas. Os exageros da campanha deram lugar ao vamos lá ver como é que nos organizamos e ao isto era giro era repetirmos já daqui a dois anos outra vez...

A minha mãe descobriu escandalizada que votei na esquerda radical e disse que já tinha idade para ter juízo - entenda-se PS ou PSD. Alguns amigos descobriram desiludidos que votei na esquerda radical pois tinham-me em conta de pessoa mais consequente - entenda-se PS ou PSD. O meu irmão já desistiu de esperar alguma coisa do mano.

Quanto aos resultados. O meu quadrante podia ter garantido mais um punhado de votos que era simpático, mas a subida do CDS-PP não me apoquenta por aí além. A democracia é rotativa,  hoje estão estes, amanhã estarão outros e assim é que é bonito, todos têm oportunidade de experimentar.  A perpetuação no poder é coisa mais horrorosa a que pode aspirar um político ou um partido, seja ele de esquerda, do centro, de meia direita ou extrema qualquer coisa.

Sempre gostei muito do Ghandi.
O meu irmão é padre.