17.5.09

A nossa geração

This post-modern artificiality can be self-deceptive: it suggests that we can take our lives in our own hands, that we and only we are responsible for the live we live. And that is exactly what happens in the dominant, neo-liberal worldview: it reduces the individual personality to a radically atomized indiviuality, one responsible for it's own coherence and functioning but one that at the same time feels no responsibility for anything other than its own functioning.
René Boomkens, Volume 19 Mgazine

E aqui reside a génese de uma certa desilusão que me tem atravessado há uns meses a esta parte em relação à minha geração - jovens que vieram ao mundo nos finais dos anos setenta, principios dos anos oitenta. Grandes sonhos que desaguaram em rotinas pendulares entre o trabalho e o restaurante/praia/esplanada/loja da moda. Grandes ideais que desaguaram em cidadãos onde os problemas dos outros parecem distantes, com pouca ou nenhuma intervenção cívica...

Estarei a generalizar e nessa generalização a ser injusto para muitos. Também não é de descartar que, possivelmente, todo este amansar é um processo geracional que se repetiu antes e irá repetir-se depois, mas vê-lo acontecer diante dos nossos olhos com a nossa geração e os nossos amigos é sempre mais doloroso.

LRO