9.3.09

O Mestre em Berlim

Álvaro Siza pára e revive esses tempos agitados do início da década de 80, numa Berlim ainda dividida pelo muro, e em que a integração dos turcos era um enorme problema. "Houve luta de rua e tudo. Havia aqui um grupo neo-nazi que incluía arquitectos. Suponho que esses não eram neo-nazis, mas queriam fazer os trabalhos", conta. "Quando o edifício estava em obras, foram lá acima ao terraço e pintaram as letras Bonjour Tristesse, pondo os 'esses' ao contrário para parecer que tinha sido o povo. E colou. Colou tanto que não se pode tirar sem se refazer o reboco". Sorri, divertido: "As pessoas aqui diziam que era eu que tinha pintado, para dar nas vistas".
Público . 08.03.2009

LRO