Nesta notícia o que mais impressiona não é a decisão da igreja católica em descomungar uns e não descomungar outros, indiferente ao risco de vida da criança e ao contexto criminoso da concepção. É a manifesta incapacidade da Igreja em perceber que as suas convições aplicadas de forma cega e sem excepções embatem em casos reais cujo bom senso pediria alguma moderação e flexibilidade. Tal incapacidade verifica-se no caso desta menina como todos os dias nas centenas de pessoas que morrem em África vítimas de SIDA e do discurso contra os métodos contraceptivos da igreja católica no terreno.
LRO