A vida acumula. Sentimentos, objectos, experiência. Os espaços também. Ontem invadiu-me este pensamento ao passar por uma loja que vi nascer e que tenho acompanhado pelo canto do olho sempre que passo pela sua montra. Começou grande e vazia. Os objectos pareciam boiar na imensidão do espaço. Aos poucos as referências foram crescendo e hoje parece um bazar turco onde temos que pedir licença para passar entre um giradisco e uma mala vintage.
É esse acumular que torna estranho imaginar os nossos avós a viver num ambiente minimalista. Ora façam lá o exercício. Imaginem o vosso avô a viver aqui:
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY-bRopwTJ_9fyGPGs3Bzyd3-Vnw_ZQKVb51Sqdmn-Xmd5rOPzlazO3zwJejpNVFGWfWghAzjUVoYEIj5dvWk1LKRuI4lh3bKGibds6IwVBHqxiDXuFVZDseDZf-s45eflCWpSoUvc9bI/s400/minimalist.jpg)
Não bate certo pois não?
Não.
Ah, mas eu tenho um avô muito sofisticado que vive... Chiu!
Não bate certo e ponto final!
Estes leitores sempre a inventar, já não se pode teorizar um pouco que vêm logo com as excepções.
Irra!!!
LRO