27.10.08

Negócios de rua

Este fim de semana a Av. da Liberdade esteve fechada para os bólides. Um desinteresse crónico sobre tudo o que esteja relacionado com automóveis e uma agenda que assinalava outras prioridades, impediram-me de emprestar a minha presença a tão relevante evento. Tenho lido por aí muitas opiniões contrárias à realização do Renault Roadshow F1, à semelhança do coro de protestos que se ouviu quando uma outra marca de veiculos motorizados decidiu fechar a Praça das Flores para aí efectuar variedades e furiosas degustações de acepipes e provas de moscatel.

Eu comunico que sou oficialmente a favor deste tipo de iniciativas promocionais no espaço público. A minha benção está apenas condicionada a três factores: que os eventos proporcionem chorudas compensações para a cidade - e aqui o que se pede é habilidade e ganância a quem negoceia com os privados estas cedências; tenham um carácter pontual; salvaguardem um mínimo de direitos aos utilizadores habituais dos espaços. Se isto for cumprido, então por mim podem promover alheiras de mirandela na Praça Luís de Camões, shampoos de camomila no Saldanha ou pêra rocha no Campo Pequeno que Lisboa agradece a bagalhoça, o pilim, o carcanhol, a massa, o guito...

LRO