26.9.08

Angústia

Há um lapso imperdoável na construção do edifício escrito deste blog: o aparecimento do Benfica apenas ao 29º post. A todos, as minhas mais sinceras desculpas.

Depois deste mea culpa vamos então ao Benfica versão 2008 / 2009. Pela primeira vez, em anos, diria décadas, a estratégia do clube na escolha do treinador, jogadores, roupeiros, cores da camisola, altura da relva, parece-me acertada. Uma tangência entre as opções da cúpula directiva e o Adepto que me causa angústia. O ano passado o Adepto percebeu em Agosto que o campeonato fazia parte da bagagem de mão do Simão, tal como um ano antes já tinha decifrado na chegada de Fernando Santos a saída do título. Esta temporada, o Adepto sem referências estivais que lhe permitam traçar o destino do clube ainda antes da Festa do Avante ou do comício do Pontal, assiste a uma dinâmica de jogo estranhamente igual ao pântano da última década e meia. O desconforto do Adepto, ao ver-se impossibilitado de se constituir como alternativa no seu alinhamento com as opções da direcção, é a primeira etapa da angústia que se instala ao perceber que o Benfica de hoje pode não ser circunstâncial mas pode ter incorporado de forma definitiva a cultura competitiva inaugurada por Artur Jorge encerrando o capítulo de Eusébio, Torres, Béla Güttmann.

E hoje há Benfica - Sporting...

LRO